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segunda-feira, 31 de outubro de 2016
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Transgênicos
TRANSGÊNICOS
AULA DE BIOLOGIA - PROFa. DÉBORA
Link para acessar o vídeo dessa aula. Assista primeiro e depois faça a leitura do texto complementar.
O que são transgênicos?
São alimentos geneticamente modificados. Tudo o que forma os seres vivos é controlado pelo material genético, que é um grande conjunto de peças que definem as características de cada ser. O método de transgenia consiste na transferência de genes de um indivíduo para outro, sendo estes normalmente de espécies diferentes. Isso faz com que um indivíduo adquira características do o outro, sendo essas características positivas e/ou negativas.
Onde isso tudo começou
Em 1972, com a descoberta do comportamento da Agrobacterium
timafasciens, causadora de uma doença chamada galha de coroa, possuindo um
ciclo muito diferente das demais bactérias. A bactéria insere parte dos genes
dela na planta hospedeira, fazendo com que a planta passe a produzir um tumor
que fornece alimento para a bactéria. Logo, essa é uma transgenia natural, que
foi utilizada para veicular genes de um indivíduo em outro.
Os
primeiros estudos da técnica foram conduzidos para a produção comercial da insulina, medicamento essencial a muitos
diabéticos. Genes humanos foram inseridos em bactérias, que produzem a
substância humana. Mas isso não gerou grande polêmica, já que o organismo
transgênico fica sem contato direto com os humanos e com o meio-ambiente.
Um dos
principais fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica foi os
grandes ataques de pragas e doenças nas culturas agrícolas em todo o mundo, e
ao alto custo e periculosidade de inseticidas e fungicidas agrícolas. A
inserção de genes possibilitou a redução ou erradicação do ataque de certas
pragas e doenças em algumas culturas, sem o uso excessivo de defensivos
agrícolas (agrotóxicos).
Mas a transgenia possui muitas outras funções além do uso agrícola, como o uso na produção de medicamentos, uso na produção de enzimas e reagentes para indústrias, que inclusive já eram utilizados há muito tempo na indústria cervejeira.
Mas a transgenia possui muitas outras funções além do uso agrícola, como o uso na produção de medicamentos, uso na produção de enzimas e reagentes para indústrias, que inclusive já eram utilizados há muito tempo na indústria cervejeira.
Transgênicos na
agricultura
Os
alimentos transgênicos são modificados geneticamente em laboratórios com o
objetivo de conseguir melhorar a qualidade do produto. Os genes de plantas e
animais são manipulados e muitas vezes combinados. Os organismos geneticamente
modificados, depois da fase laboratorial, são implantados na agricultura ou na
pecuária. Vários países estão adotando este método como forma de aumentar a
produção e diminuir seus custos.
Através
da modificação genética, técnicas que incluem DNA recombinante, introdução
direta em um ser vivo de material hereditário de outra espécie, incluindo
micro-injeção, micro-encapsulação, fusão celular e técnicas de hibridização com
criação de novas células ou combinações genéticas diferenciadas, ou seja, que
não encontramos na natureza.
Na
agricultura, por exemplo, uma técnica muito utilizada é a introdução de gene
inseticida em plantas. Desta forma consegue-se que a própria planta possa
produzir resistências a determinadas doenças da lavoura. A Engenharia Genética
tem conseguido muitos avanços na manipulação de DNA e RNA.
Aplicação das técnicas
Ultimamente,
com o avanço da engenharia genética, vários estudos e trabalhos científicos tem
demonstrado avanços significativos na manipulação de material genético de
plantas e outros seres vivos. Alvos de discussões sobre suas vantagens e
desvantagens, a ciência dos transgênicos está em pleno desenvolvimento.
Ambientalistas acusam os alimentos transgênicos de causar impactos
irreversíveis ao meio ambiente.
A
biotecnologia aplica essas técnicas também na produção de alimentos. A
engenharia genética tem usado e pesquisado determinados métodos de produção de
tecidos e órgãos humanos. Até mesmo seres vivos tem surgido destas pesquisas. O
caso mais conhecido foi da ovelha Dolly. A técnica da clonagem foi utilizada
gerando um novo ser vivo.
A transgenia é um processo pelo qual
organismos de uma espécie são modificados geneticamente através da introdução
de material genético de outra espécie, utilizando técnicas de engenharia genética. Assim, os alimentos
transgênicos são
os alimentos derivados normalmente de sementes e plantas cujos materiais
genéticos tenham sido modificados com o intuito de obter benefícios tanto para
as plantações (resistência a herbicidas, produção de toxinas contra pragas das
culturas agrícolas) quanto para os consumidores (aumento da qualidade
nutricional ou produção de substâncias medicinais).
Há milhares de anos os seres humanos
vêm apurando as culturas agrícolas através da seleção das melhores sementes
para o plantio, alterando lenta e mecanicamente os genomas das plantas. O
surgimento da tecnologia dos geneticamente modificados trouxe presteza para
esse processo e fez com que as expectativas sobre as aplicações do melhoramento
genético agro-alimentar fossem progressivamente aumentando.
Desde o início dos anos 2000, as
culturas de alimentos transgênicos foram se consolidando como uma tendência
global. Atualmente, 81% dos grãos de soja e 35% do milho crescido são
transgênicos. Em todo o mundo, existem 28 países que cultivam plantas
geneticamente modificadas e o Brasil é o segundo maior produtor com 36,6
milhões de hectares plantados, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Muito se argumenta em favor do uso de
transgênicos e de seus benefícios, especialmente em como os recursos
alimentares podem ficar mais disponíveis para a crescente população mundial, em
particular, para os países famintos. Mas existe uma grande discussão mundial
sobre o uso seguro de transgênicos para o ambiente e para a saúde da população,
uma vez que não se sabe quais podem ser as consequências do uso destes a médio
e longo prazo. No que diz respeito à saúde humana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização da ONU para
Alimentação e Agricultura (FAO) afirmam não haver até hoje estudos que
comprovem algum malefício causado pelos produtos transgênicos comercializados.
Mas os países europeus e o Japão se opõem fortemente ao plantio e
comercialização de alimentos transgênicos.
Um dos benéficios da transgenia seria
a criação de culturas agrárias mais resistentes a pragas e que não necessitem
de tantos defensivos agrícolas. Contudo, o uso contínuo de sementes
transgênicas pode ter aumentado a resistência de ervas daninhas e insetos,
fazendo com que o uso de agrotóxicos aumentasse gradativamente. Uma prova disso
é que as lavouras de soja, milho e algodão, principais culturas das grandes
empresas de transgenia, lideram o consumo de agrotóxicos no Brasil.
Outra preocupação em relação ao meio
ambiente é o risco de escape gênico através da polinização cruzada entre as
espécies transgênicas e as naturais não modificadas. O escape gênico pode levar
à eliminação dos espécimes naturais que são menos resistentes a pragas e
herbicidas, resultando em perda de variedade genética das populações de
vegetais.
No Brasil, o Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva
já relataram o surgimento de doenças ligadas ao consumo de transgênicos, como
alergias, câncer, depressão, esterilidade, malformação congênita, problemas
neurológicos e mentais, aumento da resistência a antibióticos, entre outros.
Mas ainda faltam estudos oficiais, imparciais, aprofundados e abrangentes que
possam testar a relação entre transgênicos e doenças crônicas, e que tragam
esclarecimentos à população sem estarem ligados a grupos de interesses
econômicos e políticos.
Melhoramento genético e Transgenia são coisas
diferentes.
O
melhoramento genético é qualquer esforço humano feito para que haja melhora de
características da planta, sendo a maior desta área de pesquisa direcionada à
seleção genética.
Todo o
melhoramento se iniciou em 1865 pelo primeiro homem a estudar a genética:
Gregor Mendel. A partir daí, a produção agrícola começou a alcançar maiores
produtividades, possibilitando o suprimento de alimento para a população
mundial, o que não seria possível sem o melhoramento genético.
A
transgenia é somente uma pequena parte do estudo do melhoramento genético, não devendo ser confundida com
o todo.
O que é polêmico nos transgênicos?
São muitos os aspectos que causam polêmica quando falamos de transgênicos. As principais são as conseqüências da liberação de plantas transgênicas no ambiente, e os danos que esses alimentos poderiam estar trazendo à saúde humana e animal.
- A liberação no ambiente
Quando introduzimos uma espécie diferente em um meio, devemos tomar sempre muito cuidado, pois esse é um processo normalmente irreversível. A reprodução natural de organismos geneticamente modificados poderia causar grandes desastres, já que poderiam entrar em competição com as espécies nativas da região, ou mesmo cruzar com espécies nativas próximas, gerando novas plantas, além de outras possíveis conseqüências imprevisíveis.
Uma das tentativas de solução desse problema por parte das empresas produtoras de sementes geneticamente modificadas foi criar plantas que produzem sementes estéreis, o que também forçaria o produtor a comprar sementes daquela empresa. Mas o cruzamento com plantas nativas e com outras cultivares (contaminação genética) ainda é possível na maioria dos casos, sendo monitorado o desenvolvimento da lavoura, a fim de verificar possíveis cruzamentos indesejáveis.
O monitoramento de biossegurança é feito pela própria empresa, que apresenta um projeto que confirma a segurança das sementes no meio ambiente. Essas pesquisas, de caráter duvidoso, possuem sua metodologia questionada devido a um possível empirismo das mesmas.
- Possíveis danos à saúde
Quando um gene é introduzido em uma planta, uma característica favorável pode ser introduzida, mas uma característica indesejável pode também ter entrado. Ou seja, ao mesmo tempo que uma planta adquire resistência a uma doença, ela pode produzir toxinas ao homem.
O problema maior é descobrir exatamente quais características a planta adquiriu com o processo, pois muitas delas são quase ocultas, mas podem ter conseqüências desastrosas.
Existem diversas acusações de intoxicações alimentares causadas supostamente por alimentos transgênicos. Mas é importante observar que ainda não há qualquer prova concreta de que alimentos transgênicos possam causar danos à saúde de humanos e animais. Ao mesmo tempo, não há qualquer prova concreta de que eles não podem causar danos à saúde.
- O pagamento de royalties
A permissão da geração de patentes sobre seres vivos é uma das mais importantes pautas da discussão sobre organismos geneticamente modificados. Vale ressaltar que todos os transgênicos produzidos por empresas privadas são patenteados.
Isso significa que a cada vez que algum produtor utiliza sementes transgênicas, eles devem pagar taxas para quem as criou, sendo essas taxas chamadas de royalties. Essa patente vale mesmo para as sementes geradas naquela propriedade rural através da planta transgênica.
- O aumento do uso de
herbicidas
Muitos tentam comprovar que houve aumento no uso de herbicidas com o uso de transgênicos, e não uma redução, como havia sido dito pelas empresas produtoras de sementes. Algumas cultivares de plantas lançadas eram resistentes a determinados herbicidas, sendo útil para a utilização do herbicida já com a plantação formada, sem causar danos à produtividade.
O uso de
organismos geneticamente modificados (transgênicos) na agricultura pode gerar
muitos benefícios à população mundial. Apesar disso, ainda há muitas
controvérsias sobre a biossegurança da sua liberação no meio ambiente e da sua
segurança no consumo alimentício.
Há vários
campos de pesquisa relacionados à transgenia: o da produção agrícola, das
questões ambientais, medicina e ética. Mas infelizmente, há pouca ou
nenhuma integração dos vários campos de pesquisa para o desenvolvimento e
estudo dos OGMs. Uma das grandes barreiras para que isso ocorra, é o
radicalismo ideológico que vem sendo apresentado por todas as partes
representantes de cada campo de pesquisa, o que gera conflitos, sem se poder
chegar a qualquer conclusão.
Por mais
que já tenhamos uma opinião formada, é essencial escutarmos as opiniões
diferentes com calma e respeito. Devemos evitar radicalismos, pois eles impedem
a nossa sociedade de trabalhar em conjunto para a busca de novas soluções. Leiam,
aprendam, escutem, e opinem, mas sempre com respeito ao próximo.
Uma
década de transgênicos
Em 13 de junho de 2003, foi autorizado o cultivo no
Brasil do primeiro organismo geneticamente modificado, a soja RoundUp Ready, da
Monsanto. Desde então, os transgênicos conquistaram espaço significativo no
mercado, contribuindo de maneira decisiva para o país assumir a liderança
mundial no uso de agrotóxicos, e provocando impactos e riscos ainda difíceis de
serem estimados.
Em razão, principalmente, do intervalo de tempo muito curto
entre a criação dos primeiros transgênicos e os dias atuais; muitas lacunas
ainda existem entre os reais riscos que estes podem fornecer. Estima-se que
aproximadamente 70% dos alimentos industrializados contêm pelo menos um
ingrediente derivado da soja ou milho, estes que podem ser transgênicos.
Considerando que a legislação vigente exige a rotulagem de produtos que contém
apelo menos 1% de OGM em sua composição - e nem todas as indústrias seguem-na
corretamente – possivelmente estamos ingerindo alimentos cuja procedência não é
de nosso conhecimento. Assim, em caso de alergias, intolerâncias, ou mesmo
problemas de saúde mais sérios, dificilmente poderemos relacioná-los a estes
alimentos, mesmo que as causas sejam justamente eles. Além disso, na saúde,
estes organismos têm sido utilizados na fabricação da insulina, hormônio do
crescimento e vacinas contra a hepatite B – e estes são somente alguns
exemplos.
Para encerrar, o Brasil é um grande exportador de cereais. Considerando que os mercados europeus e o Japão têm optado por não aderir aos transgênicos, nosso país pode correr sérios riscos econômicos, caso continue substituindo suas lavouras convencionais por transgênicas. Tal prática, ainda, aumenta os riscos da contaminação de plantações convencionais de agricultores familiares pelas transgênicas. Considerando que a maior parte de nossos alimentos é oriunda destes primeiros, além da possibilidade de incorporarmos, sem saber, estes alimentos na nossa dieta; tal contaminação pode obrigá-los a pagarem royalties às grandes empresas produtoras desta nova tecnologia pela suposta utilização de suas sementes, ameaçando sua permanência no mercado.
Para encerrar, o Brasil é um grande exportador de cereais. Considerando que os mercados europeus e o Japão têm optado por não aderir aos transgênicos, nosso país pode correr sérios riscos econômicos, caso continue substituindo suas lavouras convencionais por transgênicas. Tal prática, ainda, aumenta os riscos da contaminação de plantações convencionais de agricultores familiares pelas transgênicas. Considerando que a maior parte de nossos alimentos é oriunda destes primeiros, além da possibilidade de incorporarmos, sem saber, estes alimentos na nossa dieta; tal contaminação pode obrigá-los a pagarem royalties às grandes empresas produtoras desta nova tecnologia pela suposta utilização de suas sementes, ameaçando sua permanência no mercado.
ONU respalda uso de transgênicos no combate à fome
A
biotecnologia representa grande esperança para agricultores de países em
desenvolvimento, mas, até agora, apenas algumas dessas nações estão desfrutando
de seus benefícios A análise está no relatório anual da Organização para
Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) da ONU. Numa clara defesa
da adoção de alimentos transgênicos como uma das formas de combate à fome
mundial, a FAO alerta para o fato de que cultivos considerados essenciais
sobretudo nos países mais pobres - como mandioca, batata e trigo - vêm sendo
negligenciados por cientistas. O documento lembra que o mundo terá 2 bilhões de
pessoas a mais para alimentar até 2030 e que a biotecnologia pode ajudar a
enfrentar tal desafio.
'Transgênicos são seguros', diz documento
A posição da FAO vai de encontro às teses mais difundidas, segundo as quais o problema da fome não está relacionado à escassez de alimentos, mas sim à má distribuição. O documento frisa que o grande desafio da biotecnologia é desenvolver técnicas que combinem o aumento da produção, a redução dos custos, a proteção do meio ambiente e, ainda, garantam a segurança alimentar.
Embora o documento sustente que a biotecnologia não se restringe aos transgênicos, o texto cita o que considera organismos geneticamente modificados bem-sucedidos:
'Exemplos são encontrados em variedades de arroz e canola que contêm consideráveis quantidades de betacaroteno. Esse precursor da vitamina A está presente em poucos itens da dieta de muitas pessoas, particularmente nos países em desenvolvimento, onde poderia ajudar a reduzir deficiências crônicas de vitamina A.'
Segundo o texto, a pesquisa agrícola pode tirar pessoas da pobreza, ao aumentar os lucros e reduzir o preço dos alimentos. Dados da FAO revelam que mais de 70% das pessoas mais pobres do mundo vivem em áreas rurais e dependem diretamente da agricultura para sua sobrevivência. O relatório foi divulgado menos de uma semana depois de a Monsanto ter desistido do lançamento de um trigo transgênico, sob a alegação de que não havia aceitação por parte dos consumidores.
Mas o documento da FAO sustenta que, embora muitos europeus se oponham aos organismos geneticamente modificados, o mesmo não corre entre os consumidores dos países em desenvolvimento.Embora frise que pouco se conhece sobre os efeitos a longo-prazo da ingestão de transgênicos, o texto sustenta que 'os cientistas em geral concordam que os atuais cultivos transgênicos e os alimentos derivados deles são seguros para comer'.
'Transgênicos são seguros', diz documento
A posição da FAO vai de encontro às teses mais difundidas, segundo as quais o problema da fome não está relacionado à escassez de alimentos, mas sim à má distribuição. O documento frisa que o grande desafio da biotecnologia é desenvolver técnicas que combinem o aumento da produção, a redução dos custos, a proteção do meio ambiente e, ainda, garantam a segurança alimentar.
Embora o documento sustente que a biotecnologia não se restringe aos transgênicos, o texto cita o que considera organismos geneticamente modificados bem-sucedidos:
'Exemplos são encontrados em variedades de arroz e canola que contêm consideráveis quantidades de betacaroteno. Esse precursor da vitamina A está presente em poucos itens da dieta de muitas pessoas, particularmente nos países em desenvolvimento, onde poderia ajudar a reduzir deficiências crônicas de vitamina A.'
Segundo o texto, a pesquisa agrícola pode tirar pessoas da pobreza, ao aumentar os lucros e reduzir o preço dos alimentos. Dados da FAO revelam que mais de 70% das pessoas mais pobres do mundo vivem em áreas rurais e dependem diretamente da agricultura para sua sobrevivência. O relatório foi divulgado menos de uma semana depois de a Monsanto ter desistido do lançamento de um trigo transgênico, sob a alegação de que não havia aceitação por parte dos consumidores.
Mas o documento da FAO sustenta que, embora muitos europeus se oponham aos organismos geneticamente modificados, o mesmo não corre entre os consumidores dos países em desenvolvimento.Embora frise que pouco se conhece sobre os efeitos a longo-prazo da ingestão de transgênicos, o texto sustenta que 'os cientistas em geral concordam que os atuais cultivos transgênicos e os alimentos derivados deles são seguros para comer'.
Vantagens
e Desvantagens de transgênicos
Os
alimentos transgênicos tem causado uma grande discussão em torno de sua
vantagens e desvantagens. Dada a própria novidade da tecnologia da engenharia
genética, os efeitos que os transgênicos poderão causar no organismo humano e
no meio- ambiente , positivos ou negativos, a médio e a longo prazo ainda não são muito bem conhecidos. Por meio
de estudos e pesquisas pode-se relacionar algumas vantagens e
desvantagens.
Vantagens
dos alimentos transgênicos
·
Por
meio da técnica de alimentos transgênicos pode-se enriquecer os alimentos com
componentes nutricionais essenciais que as vezes a planta não produz ou produz
em baixa quantidade. Um exemplo disso seria um feijão geneticamente modificado
com a inserção de gene da castanha do para com a intenção de que o feijão passe
a produzir metionina, um aminoácido de extrema importância em nossa vida.
·
Pode-
se fazer um balanceamento nos nutrientes do alimento, proporcionando uma melhor
dieta ao se consumir o mesmo.
·
Pode-se
também retirar algum componente do alimento. Um bom exemplo seria a retirada da
lactose do leite, com o propósito de atender a população que tem alergia a esta
substância.
·
O
alimento pode ter a finalidade de prevenir, reduzir e evitar riscos de certas
doenças. Isso pode ser feito ao se modificar a planta geneticamente de modo que
ela venha a produzir vacinas. Pode - se utilizar também antígenos, como por
exemplo, em iogurtes ao se fermenta- los com organismos geneticamente
modificados que estimulem o sistema imunológico.
·
Reduzir
ao máximo o uso de agrotóxicos, e se possível chegar a eliminar a necessidade
da utilização dos mesmos. Com isso a planta fica mais forte, podendo resistir a
ataque de insetos, e processos naturais como seca e geada. Isso
garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um exemplo deste tipo de
modificação pode ser visto na fabricação dos queijos e pães, onde um
microorganismo geneticamente modificado produz enzimas necessárias durante a
produção destes alimentos, reduzindo o preço de custo dos mesmos. Isso também
aumenta o grau de pureza e especificidade das enzimas, o que é vantajoso para as
indústrias.
·
O
aumento da produtividade agrícola por meio do desenvolvimento de lavouras mais
produtivas e que agridam menos o meio ambiente.
·
Pose-se
conseguir aumentar o tempo de validade dos produtos.
·
Pode-se fazer com que
a planta adquira genes que façam com que o seu período de desenvolvimento seja
mais curto, o que determina uma colheita rápida e um aumento na produtividade,
sem que haja um aumento no preço do produto final.
Desvantagens
dos alimentos transgênicos
·
Efeitos
tóxicos a partir da sintese de substâncias indesejáveis. Isso pode ocorrer
devido a uma perda no controle de alimentos transgênicos, fazendo com que
outros alimentos sejam afetados, o que prejudicaria outras espécies de plantas, além de
animais, causando um desequilíbrio ecológico com conseqüências imprevisíveis.
Um exemplo disso é o caso do estudo comandado pela Universidade de Cornell, nos
Estados Unidos, sobre a enorme mortalidade de borboletas Monarch após serem
alimentadas com o pólen do milho geneticamente modificado Bt. Losey, depois que
houve falhas de controle em sua experiência.
·
O lugar em que o gene
é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados
inesperados, uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser
afetados. No caso da soja modificada, tem-se o receio de que a substância EPSPS
provoque efeitos inesperados no organismo dos consumidores, como alergias ou
outro tipo de doença. Mesmo que o gene tenha sido preparado em laboratório para
funcionar apenas nas folhas, a parte comestível da planta, não há como garantir
que eles atuarão da forma programada.
·
A falta da
variabilidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a
invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que
plantam o
mesmo tipo de cultivo, o que pode vir a ocorrer em cultivos de plantas
transgenicas. Quanto maior for a variedade genética no sistema da agricultura,
mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças
climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades.
·
Novas proteínas que
causam reações alérgicas podem entrar nos alimentos. Transferidas de um
alimento para outro, as proteínas podem conferir à nova planta as propriedades
alérgicas do doador. As pessoas normalmente identificam os produtos que as
afetam. Porém com a transferência das proteína alérgica de um produto para o
outro sem o previo conhecimento, se perde a identificação e a pessoa só vai
descobrir o que lhe fez mal após a ingestão do alimento com a substancia que
lhe causa alergia.
·
A alteração na
quantidade de nutrientes do alimento, pode interferir na sua absorção pelo
metabolismo do homem.
·
Pode ocorrer a
transferência da resistência a antibióticos para bactérias presentes no
intestino de humanos e animais, pois os genes antibiótico-resistentes contidos
nos alimentos transgênicos podem passar sua característica de resistência para
as pessoas e animais, o que poderia gerar a anulação da efetividade de
antibióticos nos mesmos.
·
Algumas plantas de
cultivo para alimentação, estão sendo modificadas para produzir produtos
farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma
polinização cruzada com
espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas
exclusivamente na
alimentação.
·
Essas alterações
genéticas podem causar um intenso desequilíbrio ecológico. Alguns cientista
acham que pode vir a ocorrer o empobrecimento da biodiversidade, uma vez que a
hibridação das plantas modificadas com outras variedade pode criar “super
pragas” e plantas “mais selvagens”, provocando a eliminação de espécies e
insetos benéficos ao equilíbrio ecológico do solo. O conseqüente uso mais
intensivo de agrotóxicos pode ainda causar o desenvolvimento de plantas e
animais resistentes a uma ampla gama de antibióticos e agrotóxicos. Substancias tóxicas
que podem ser produzidas como subprodutos podem afetar outros seres, quebrando
a harmonia em todo o ecossistema envolvido.
Vantajosos
ou desvantajosos, o fato é que os transgênicos estão cada vez mais presentes em
nossas vidas. A agência da ONU para Alimentos e Segurança Alimentar (FAO, da
sigla em inglês) estima que aproximados 150 milhões de hectares no mundo são
plantados com cultivares geneticamente modificados. Grande parte deste total é
dedicado a plantações de soja, milho, canola (usado em forragem/ração) e
algodão nas Américas e de algodão na Ásia e África. Os maiores produtores são
Estados Unidos, Brasil, Argentina, Canadá, Índia e China.
Alternativas
• Para quem deseja não consumir
produtos de origem transgênica, pode-se optar pelo consumo de orgânicos,
incentivando a produção pelos pequenos produtores;
• Cobrar empenho do governo na
aprovação de legislação mais combativa à produção e comercialização de OGM,
além de exigir maior fiscalização das autoridades;
• Exigir das empresas produtoras de
transgênicos o desenvolvimento de estudos mais aprofundados antes de
disponibilizarem suas sementes para o mercado consumidor.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
CÂNCER DE MAMA
O Outubro Rosa é um movimento internacional que visa
ao estímulo à luta contra o câncer de mama. Essa ação iniciou-se em 1997, nos
Estados Unidos, e foi ganhando o mundo como uma forma de conscientização acerca
da importância de um diagnóstico precoce e de alerta para a grande quantidade
de mortes relacionadas com essa doença.
O
símbolo da campanha é umlaço
rosa, que foi feito, inicialmente, pela Fundação Susan G. Komen e
distribuído na primeira corrida pela cura do câncer de mama em 1990. Esses laços rosas popularizaram-se
e foram usados posteriormente para enfeitar locais públicos e outros eventos
que lutavam por essa causa.
Além
do laço
rosa, muitas cidades passaram a iluminar os seus monumentos públicos
com luz rosa para dar maior
destaque ao mês de luta contra a doença. No Brasil, o primeiro sinal de
simpatia pelo movimento aconteceu em outubro de 2002, quando o monumento
Mausoléu do Soldado Constitucionalista, também chamado de Obelisco do
Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado de rosa. Em outubro de 2008, o movimento
ganhou força e várias cidades brasileiras foram iluminadas como uma forma de
chamar a atenção para a saúde da mulher.
O
Câncer de Mama
O câncer
de mama é o mais comum entre
as mulheres em todo o mundo, sendo raro em
homens. Normalmente a doença é diagnosticada em exames de rotina quando se
percebe um nódulo na região dos seios. Entretanto, muitas vezes, os nódulos não
podem ser sentidos, sendo, portanto, fundamental a realização de exames de
imagem. O exame
mamográfico é o principal
exame realizado para diagnóstico e deve ser feito por mulheres entre 40 e 69
anos de idade.
O autoexame das
mamas era bastante
recomendado como forma de detecção da doença, entretanto, em virtude da
dificuldade de algumas mulheres de entenderem a anatomia do órgão, falsos
resultados eram obtidos. Nódulos pequenos podem não ser sentidos, o que pode
causar a falsa impressão de que a mulher está saudável e retardar a consulta ao
médico. Todavia, é importante ressaltar que o autoexame, junto a exames periódicos,
pode salvar vidas.
O câncer de mama possui significativos índices de cura,
que giram em torno dos 95% quando
descoberto precocemente. O tratamento normalmente consiste em uma cirurgia para
a retirada do tumor e a complementação com técnicas deradioterapia e quimioterapia.
Apesar de muitas vezes o câncer de mama não possuir causa
específica, algumas medidas podem ser tomadas como prevenção. A principal forma de prevenir-se é
ter uma alimentação saudável, balanceada e rica em alimentos de origem vegetal.
É importante também evitar embutidos e o consumo excessivo de carne vermelha.
Atividades físicas e hábitos saudáveis de vida, como não fumar nem ingerir
bebida alcoólica, também ajudam a evitar a doença.
Atenção: O diagnóstico precoce é essencial para a cura dessa doença,
sendo assim, é fundamental procurar regularmente o médico.
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