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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Visão


Os olhos são os órgãos responsáveis pelo sentido da visão. Nos seres humanos eles são encontrados nas órbitas oculares, e são revestidos por uma membrana dotada de finíssimos vasos sanguíneos chamada de conjuntiva. Quando a conjuntiva se inflama em razão de processos alérgicos ou infecções, virais ou bacterianas, provoca o que conhecemos como conjuntivite.

O nosso olho é envolvido por três membranas, a esclera, a coroide e a retina.




A esclera é a camada mais externa, mais conhecida como “branco do olho”. Essa membrana é a responsável por manter a forma esférica do olho, além de servir como ponto de ligação para os músculos que fazem a movimentação do olho. Na região anterior do olho, a esclera se apresenta transparente e com maior curvatura, formando a córnea. Logo abaixo da córnea encontramos um líquido aquoso preenchendo uma câmara, o humor aquoso.

A coroide é uma membrana localizada logo abaixo da esclera, rica em vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células do olho. Na região anterior da coroide encontramos a íris, a parte colorida do olho, e bem no centro da íris, a pupila, orifício por onde a luz penetra no globo ocular. A íris tem a capacidade de se contrair graças a músculos controlados pelo sistema nervoso autônomo. Esses músculos se ajustam à abertura da pupila e controlam a quantidade de luz que penetra no globo ocular.

Logo atrás da íris encontramos uma estrutura chamada de lente e que antigamente era conhecida como cristalino. A lente é uma estrutura proteica com forma de uma lente biconvexa que orienta a passagem de luz até a retina. A lente, por estar unida a músculos ciliares, pode ter sua forma ligeiramente alterada para uma melhor focalização da imagem. Atrás da lente encontramos o corpo vítreo, uma grande câmara preenchida por um líquido viscoso e gelatinoso.
A retina é a camada mais interna do olho, e nela podemos encontrar dois tipos de células, os bastonetes e os cones.

Os bastonetes são células sensoriais capazes de captar imagens mesmo com pouca luminosidade, sendo extremamente sensíveis à luz. Essas células são incapazes de distinguir cores e são predominantes em animais vertebrados com hábitos noturnos.

Embora os cones sejam células sensoriais menos sensíveis à luz do que os bastonetes, eles conseguem captar diferentes comprimentos de onda, permitindo a visão em cores. Podemos encontrar em cada olho cerca de 6 milhões de cones, contra 120 milhões de bastonetes, sendo que a maioria dos cones fica concentrada na fóvea, região onde a imagem se forma com maior nitidez. Na fóvea não há grande concentração de bastonetes, sendo por esse motivo que, quando na penumbra, vemos melhor com o canto dos olhos.

Em nossa retina há uma região chamada de ponto cego. Essa região é assim chamada porque nela não existem fotoceptores, de modo que as imagens focalizadas nesse ponto não são vistas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Tato


O tato é um dos cinco sentidos. O órgão responsável por esse sentido é o maior órgão do corpo humano: a pele. Os mecanismos responsáveis pelo tato estão na segunda camada da pele, a derme. O tato é o primeiro sentido a se desenvolver no embrião humano.

Na pele existem diversos tipos de receptores de estímulos táteis. São esses receptores que recebem e transmitem ao cérebro a sensação de toque. Alguns desses receptores são terminações nervosas livres, que reagem a estímulos mecânicos, químicos e térmicos, sobretudo os dolorosos.

Outros receptores são organizados em forma de corpúsculos, ou seja, são células especializadas que estão em contato com terminações nervosas. Os corpúsculos sensoriais podem ser mecanorreceptores ou termoreceptores.
Mecanorreceptores são responsáveis pela percepção do toque:

Corpúsculos de Meissner - percepção de pressões de freqüência diferente.
Discos de Merkel – percepção de movimentações e pressões leves.
Corpúsculos de Vater - Pacini – percepção de pressões. Presentes em grande número na ponta dos dedos.
Corpúsculos de Ruffini - percepção de distensões na pele e calor.
Termorreceptores - são responsáveis pela percepção do calor e do frio, e reagem de acordo ao estimulo externo, seja ele frio ou quente.
O alfabeto Braile, que permite que deficientes visuais leiam por meio do tato, foi criado considerando a capacidade existente na polpa dos dedos de perceber, de uma só vez, cerca de seis impressões táteis.

As partes do corpo mais sensíveis ao toque são as mãos, os dedos dos pés, o rosto, lábios, língua e região genital, tanto masculina quanto feminina.




Método Braile

O sistema de leitura para cegos, conhecido como Braile, surgiu a partir de um sistema de leitura no escuro desenvolvido por Charles Barbier, para uso militar. Quando o francês Louis Braille, que era cego, conheceu o sistema, passou a utilizá-lo e logo depois o modificou, passando de um grupo de 12 pontos para um grupo de apenas 6 pontos, formado por duas colunas com três pontos cada. O agrupamento de seis pontos possibilita a constituição de 63 símbolos diferentes que servem para representar caracteres na literatura, na matemática, na informática e na música. O sistema foi inventado em 1825 e até hoje é utilizado em todo o mundo.

Apesar da sua eficiência em proporcionar o acesso das pessoas cegas a informações, leitura, estudo, etc. o sistema não conseguiu ainda progredir e atingir todos os meios da sociedade. Sendo assim, o cego enfrenta muitas dificuldades pois dificilmente encontra outras pessoas que conheçam o sistema, e na maioria das vezes os equipamentos, setores públicos, etc, não trazem as informações escritas em braile. Torna-se difícil até mesmo utilizar o banheiro, pois não têm como saberem se o banheiro é feminino ou masculino. Esse problema seria facilmente resolvido se as letras da placa na porta dos banheiros públicos tivessem a inscrição em braile. Assim como esse caso, vários outros se manifestam. Cardápios, cartazes informativos, placas com o nome das ruas, entre muitas outras. O sistema braile ainda tem que ser difundido para que as pessoas cegas sejam realmente incluídas na sociedade e possam ter maior autonomia, o que trará uma força muito maior de viver para cada uma delas apesar da sua deficiência.

Ler em braile é muito fácil. Basta que se conheça os símbolos e pode-se ler normalmente, seja com o tato ou com a visão. Os caracteres são lidos da esquerda para a direita e até sinais de pontuação são representados através dos pontinhos em alto relevo.

Para escrever é necessário um pouco mais de técnica. São utilizados dois instrumentos chamados reglete e o punção. A reglete é uma placa de metal com orifícios em uma de suas faces. O papel, um pouco mais grosso que o comum, é colocado em cima dessa placa e pressionado com a punção, um instrumento semelhante a uma agulha, mas com a extremidade arredondada, para que, ao pressionar o papel contra os orifícios da reglete, este não seja perfurado, e sim apenas marcado. O papel é marcado da direita para a esquerda, no sentido contrário ao da escrita. Ao terminar o papel é virado e pode-se ler normalmente.

Há computadores que já conseguem traduzir do braile e para o braile. Atualmente há até alguns que conseguem imprimir páginas em frente e verso, reconhecer voz e transformá-la em braile, entre outros recursos que facilitam o acesso de cegos à informática. Há também capas para teclado com as teclas em braile. Estas se encaixam no teclado de modo que o cego pode digitar normalmente.

Há ainda outros equipamentos como brinquedos de montar, relógios que permitem a verificação das horas por meio do tato, etc. Há outros equipamentos que não utilizam o braile e sim o som, para que os cegos possam ter melhor acesso. Muitos sites, computadores, sistemas em locais públicos, etc, já fazem uso desse método.