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Língua Portuguesa - Ensino Fundamental

O anúncio publicitário - Uma análise linguística


Basta sairmos pelas ruas que tão logo nos deparamos com uma infinidade de faixas, cartazes, anúncios,outdoors... Todos envoltos por um único objetivo: o de atrair a atenção do leitor mediante o ato comunicativo.

O discurso apresenta-se de forma variada – divulgando um determinado evento, como por exemplo, um show, uma feira cultural, de moda, anunciando uma promoção referente ao comércio lojístico, anunciando um produto que acabara de ser lançado no mercado. Enfim, vários são os objetivos traçados por parte do emissor, tentando persuadi-lo de alguma forma.

Diante de tal finalidade discursiva, a linguagem, necessariamente, precisa não somente ser clara e objetiva, mas também, bastante atrativa. Para tanto, torna-se indispensável o predomínio de uma linguagem não verbal, uma vez que imagens tendem a ser mais chamativas e, consequentemente, contribuem para a concretização dos objetivos propostos. E, falando sobre linguagem, é essencial que saibamos sobre um aspecto bastante peculiar – a presença de alguns recursos estilísticos voltados para a conotação, ou seja, passíveis de múltiplas interpretações. Assim, metáforas, comparações, hipérboles, dentre outras, são indispensáveis. Analisemos, pois, um caso representativo:

Defrontamo-nos com uma linguagem ambígua – o fato de o sorriso ser amarelo em seu sentido literal, como também representar aquele sorriso sem entusiasmo, enfadonho, abnegado de qualquer traço atrativo. Percebemos que o próprio produto (marca) intertextualiza um procedimento inerente às atitudes humanas – o sorriso.

Quanto aos elementos que constituem o gênero em pauta, destacamos:

Título – Compõe-se de frases concisas, porém atrativas.

Imagem – Representa um elemento de fundamental importância para o discurso, dado o seu caráter persuasivo.

Corpo do texto – Trata-se do desenvolvimento da ideia em si, proporcionando uma interação entre os interlocutores por meio de um vocabulário sugestivo e adequado ao público-alvo.

Identificação do produto ou marca – Constitui-se de uma assinatura do próprio anunciante, podendo também haver um slogan – uma frase curta que defina o produto anunciado. No exemplo acima podemos perfeitamente constatar este fato.









Conteúdo destinado aos alunos da 7ª Série C

DA LINGUAGEM LITERÁRIA À CINEMATOGRÁFICA

Um dos objetivos deste projeto é motivar a participação dos alunos para a produção de vídeos, possibilitando o conhecimento desta linguagem criativa para a expressão de ideias, conhecimentos e projetos.

Uma produção audiovisual é mais que uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, implica em seguir algumas etapas até chegar ao produto final. O processo para transformar uma história ou ideia em sequência de imagens em movimento que se defina como filme ou vídeo é composto de algumas etapas recomendáveis para que essa transformação aconteça com sucesso.
Por isso nessa primeira etapa estaremos conhecendo um pouco sobre a obra literária a ser trabalhada. Obra essa de José de Alencar, intitulada "O Guarani".
Então vamos conhecer um pouco sobre o autor e a obra.





JOSÉ DE ALENCAR
BIOGRAFIA


José de Alencar é um dos maiores representantes do romantismo no Brasil e um dos principais nomes da literatura nacional. O autor ficou marcado por investir em uma literatura nacional, menos influenciada pelos colonizadores portugueses. Como resultado, as obras de Alencar apresentam a cultura do povo, a história e as regiões brasileiras com uma linguagem inovadora para a época. 
Trabalhou como jornalista, como muitos escritores, e teve atuação também na política, mas foi na literatura que recebeu maior reconhecimento. Elogiado pelos pares, ficou amigo de Machado de Assis, que o nomeou patrono da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras, fundada depois de sua morte.
Apesar da pouca idade, morreu com 48 anos, sua obra é extensa. “O Guarani”, “Senhora”, “Til”, “Iracema” e “A Viuvinha” são alguns romances importantes do autor. Vale ressaltar que as histórias foram publicadas primeiramente em folhetins.
José de Alencar é tradicionalmente classificado como um escritor do romantismo, mais especificamente da primeira fase do movimento literário. Mas suas obras chegam a apresentar características do movimento seguinte, o realismo. As obras de autor pode ser indianistas, históricas ou urbanas. 
Estilo
Nascido no município de Messejana, próximo de Fortaleza, José de Alencar foi morar noRio com apenas 11 anos. Filho de José Martiniano de Alencar e Ana Josefina de Alencar, o jovem foi influenciado pelos ideais políticos do pai, senador, assim como o irmão, diplomata. 
Formado em direito, o escritor atuou como advogado, jornalista, dramaturgo e até como político. Criou a revista “Ensaios Literários” no período em que estudava na Faculdade de Direito de São Paulo, de 1846 a 1850. Em periódicos  trabalhou no “Correio Mercantil” e no “Diário do Rio de Janeiro”. 
A primeira obra, “Cinco Minutos”, foi lançada em 1856. A segunda, “A Viuvinha”, foi publicado no ano seguinte. “O Guarani”, obra mais famosa de José de Alencar, data do mesmo ano. A primeira edição foi em jornais, a versão em livro veio só depois.  
A vida política começou em 1860, quando Alencar foi deputado estadual no Ceará. O autor pertencia ao Partido Conservador. Já em 1868, assumiu o posto de Ministro da Justiça. Por não conseguir seguir os passos do pai no senado, passou a investir na literatura, deixando a política de lado. 
Nas suas obras, Alencar demonstra uma preocupação com a cultura nacional. Buscando retratar o Brasil através de diferentes temáticas: indianistas, regionalistas, históricas e urbanas. Nas narrativas urbanas, costuma fazer críticas à sociedade da época, em especial à desigualdade social, um exemplo pode ser visto no livro “Senhora”.
As obras indianistas apresentam o índio de forma idealizada. Nas histórias de Alencar, o branco é tido como o vilão e o índio como homem bom e puro. “Iracema”, de 1865, e “Ubirajara”, de 1874, continuam a temática indianista iniciada em “O Guarani”.
Fatos marcantes da história também foram temas na escrita do autor, que tratou da colonização e da exploração do ouro, por exemplo. Nas histórias regionalistas, Alencar fala dos costumes do campo e da cultura mais natural, longe dos centros urbanos. O interior de São Paulo, os pampas gaúchos e o sertão do nordeste foram retratados nos romances. Essas obras são inspiradas por uma memória da infância, quando o jovem autor viajou pelo interior do nordeste. 
José de Alencar morreu em 1872 de tuberculose. Anos mais tarde, foi homenageado como patrono da cadeira nº 23 na Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.
O GUARANI
Em uma fazenda no interior do Rio de Janeiro, moram D. Antônio de Mariz e sua família, formada pela esposa D. Lauriana, o filho D. Diogo e a filha Cecília. A casa abriga ainda a mestiça Isabel (na verdade, filha bastarda de D. Antônio), apaixonada pelo moço Álvaro, que, no entanto, só tinha olhos para Cecília. O índio Peri, que salvou certa vez Cecília de ser atingida por uma pedra, permaneceu no lugar a pedido da moça, morando em uma cabana. Peri passa a se dedicar inteiramente à satisfação de todas as vontades de Cecília, a quem chama simplesmente de Ceci. 
Acidentalmente, D. Diogo mata uma índia aimoré. Como vingança, a família da moça tenta matar Ceci, mas Peri intercepta a ação. A partir desse momento, a possibilidade de ataque da tribo é cada vez maior. E este não é o único perigo a rondar a casa de D. Antônio. Um dos empregados, Loredano, está ali com o objetivo de se apoderar de uma mina de prata que fica abaixo da casa. Pretendia incendiá-la e ainda raptar Ceci. Quando ele e seus capangas combinam seu plano de ataque, são ouvidos por Peri.  
Contra si, o índio tem o ódio de D. Lauriana, que considera sua presença ali uma ameaça a todos. Consegue convencer o esposo a expulsá-lo, mas quando Peri relata a iminência do ataque aimoré, como vingança pela morte da índia, D. Lauriana permite que ele permaneça na casa. 
O incêndio planejado por Loredano é evitado por Peri e a traição é finalmente descoberta. D. Antônio ordena que os traidores se entreguem, mas Loredano organiza um levante. Os empregados fiéis a D. Antônio preparam-se para proteger a casa. Ao mesmo tempo, acontece o ataque indígena. Assim, a casa de Mariz sofre ameaças externas e internas. 
Álvaro aceita o amor de Isabel e passa a corresponder a ele. Mas sua preocupação se volta principalmente para o confronto com os inimigos. Enquanto isso, Peri concebe um plano terrível para derrotar os aimorés: coloca veneno na água que será consumida pelos bandidos que tentam ocupar a casa; além disso, bebe do mesmo veneno. Em seguida, avança sobre os aimorés e luta bravamente, para mostrar que merece ser submetido ao ritual da antropofagia, reservado apenas aos valentes. Quando comessem sua carne tomada pelo veneno, morreriam. 
Cecília descobre o plano e pede a Álvaro que o salve. O moço chega no exato momento do sacrifício e liberta Peri, afirmando que Cecília precisa dele vivo, para salvá-la. A moça pede ao índio que viva e Peri obedece, preparando para si um antídoto com ervas. Muitos dos traidores morrem envenenados. Loredano é preso e submetido à morte na fogueira.  
Álvaro sai para apanhar mantimentos, mas acaba sendo morto na empreitada. Seu corpo é entregue a Isabel que, entrando com ele em um cômodo hermeticamente fechado, espalha ervas aromáticas no local e morre abraçada ao amado. 
Como última tentativa para salvar a filha, D. Antônio determina a Peri que fuja com ela. Assim que o índio cumpre a tarefa, o proprietário explode a casa, matando os inimigos que o atacam. Cecília se desespera assistindo à cena.  
Uma tempestade atinge Peri e Cecília na canoa que ocupam. Em um verdadeiro dilúvio, Peri e Ceci somem no horizonte.
CONTEXTO
Sobre o autor
José de Alencar desenvolveu, no conjunto de sua obra, um projeto cultural. Assim, escreveu romances regionalistas, urbanos, históricos e indianistas. Em todos eles, o tema fundamental era o Brasil. Para o escritor, submeter as particularidades nacionais (o que os românticos chamavam de cor local, isto é, a terra, o índio, os costumes etc) a um tratamento inspirado no modelo romântico era um esforço necessário para colocar a cultura brasileira no mesmo patamar da europeia. Suas obras mais conhecidas foram: “O Guarani”, “Iracema”, “Senhora”, “Diva”, “Lucíola” e “Til”. O autor é patrono da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras, uma escolha de Machado de Assis.
Importância do LivroA importância de O Guarani se relaciona à expressão do nacionalismo romântico e à consolidação da figura do herói tipicamente brasileiro, reunindo todas as qualidades do cavaleiro medieval e apresentando a originalidade da ligação com a terra selvagem brasileira. O obra apresenta características indianistas, com a idealização do índio, como acontece também em outros romances de Alencar. 
Período históricoEm O Guarani – assim como em Iracema – Alencar busca adaptar o modelo literário que o inspira à realidade nacional. Esse era um dos fundamentos mais importantes do Romantismo como ele se manifestou entre nós. 
ANÁLISE
O Guarani reúne os ingredientes românticos com os quais o autor sabia lidar muito bem. A trama segue duas linhas: a dimensão épica das aventuras e a dimensão lírica dasrelações amorosas. No primeiro, ganha destaque a construção da nacionalidade, a partir do mito da integração entre colonizado e colonizador. Essa integração é problematizada na história, já que existem os que são permeáveis a ela, como Peri e Ceci, e os que a rejeitam decisivamente, como os aimorés e D. Lauriana.  No plano lírico, há o jogo sentimental das personagens Peri e Ceci, Álvaro e Isabel. 
Nessas relações, o amor mostra a sua força ao superar todas as barreiras que se opõem à sua realização. Alvos de paixões avassaladoras, Cecília e Isabel se comportam de formas distintas, à pureza da primeira se opõe o poder de sedução da segunda. De qualquer maneira, sabe-se que o amor vencerá no final. E sua vitória representa, acima de tudo, o êxito do bem em sua disputa contra o mal.  
O maniqueísmo está presente em todas as dimensões do romance. As duas personagens que melhor o encarnam são Peri e Loredano. O primeiro corresponde à típica idealização romântica, concebida nos termos palatáveis para o leitor da época. D. Antônio considera Peri um “cavalheiro português no corpo de um selvagem”, conferindo, dessa forma, um estatuto superior ao índio que se comporta como amigo. De fato, Peri age como um verdadeiro cavaleiro medieval, valorizando a fidalguia, a honradez, a hierarquia e até mesmo a religião, que acaba por abraçar para obter permissão de salvar a amada Ceci. A esses traços, ele acrescenta outro, de fundamental importância para o projeto nacionalista romântico: a ligação com a terra.
Loredano, de sua parte, é o anti-Peri por excelência: nunca age às claras e de forma aberta, mas sim nas sombras e nos subterrâneos. Não demonstra nenhum apego pela terra e muito menos pelos valores da fidalguia, que subverte pela traição. Desse modo, alcança a condição de vilão perfeito. 
Embora o tempo e o espaço da ação sejam definidos com exatidão pelo narrador (interior do Rio de Janeiro, início do século XVII), há muito de transcendente nesses elementos. O período focalizado é o início da colonização portuguesa daquela região. Mas as relações sociais são definidas a partir de concepções medievais: temos o senhor e seus vassalos e protegidos. Quanto ao espaço, evidencia-se a condição de castelo associada à casa de D. Antônio de Mariz, o que remete a ação, mais uma vez, à visão romântica da Idade Média que inspira comportamentos de personagens e lances do enredo. 
No estilo narrativo, o autor se utilizou de recursos românticos, tais como: a técnica folhetinesca do gancho ao final dos capítulos; descrições exuberantes; diálogos dramáticos; e, por fim, a narração retrospectiva (flashback), que permite resgatar fatos anteriores da vida das personagens. Dos muitos recursos estilísticos do narrador, destacam-se a exploração da comparação e da metáfora, cuja articulação auxilia na construção de uma alegoria da criação da raça brasileira, propósito que fundamenta a obra. 
Não se pode deixar de comentar o final do romance. Embora um tanto enigmático, sugere a formação da raça brasileira através da união das raças branca e indígena. Peri e Ceci são conduzidos ao horizonte. Esse horizonte é o país que se redescobre – tanto pelos colonizadores do século XVII quanto pelos leitores do XIX. 

O GUARANI - VERSÃO PARA CINEMA


O GUARANI - VERSÃO PARA TELEVISÃO







Um comentário:

  1. eu não concegir fazer a atividade do dia 04/08 que você mando fazer.

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