O aquecimento global designa o aumento das temperaturas
médias do planeta ao longo dos últimos tempos, o que, em tese, é causado pelas
práticas humanas – embora existam discordâncias quanto a isso no campo
científico. A principal causa desse problema climático que afeta todo o planeta
é a intensificação do efeito estufa, fenômeno natural
responsável pela manutenção do calor na Terra e que vem apresentando uma maior
intensidade em razão da poluição do ar resultante das práticas humanas.
Sob
o ponto de vista oficial, o principal órgão responsável pela sistematização e
divulgação de estudos relacionados com o aquecimento global é o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC). Para o IPCC, o problema em questão
não deve sequer ser motivo de discussão em termos de sua existência ou não,
pois, segundo ele, é mais do que comprovada a série de mudanças climáticas
ocorridas nos últimos tempos e a participação do ser humano nesse processo.
Dados
levantados por cientistas vinculados ao IPCC afirmam que o século XX, em razão
dos desdobramentos ambientais das Revoluções Industriais, foi o período mais quente da
história desde o término da última glaciação, com um aumento médio de 0,7ºC nas
temperaturas de todo o planeta. Ainda segundo o órgão, as previsões para o
século XXI não são nada animadoras, pois haverá a elevação de mais 1ºC, em caso
de preservação da atmosfera, ou de 1,8 a 4ºC, em um cenário mais pessimista que
apresente maior poluição
Quais são as causas do Aquecimento Global?
As principais causas do Aquecimento Global estão relacionadas,
para a maioria dos cientistas, com as práticas humanas realizadas de maneira
não sustentável, ou seja, sem garantir a existência dos recursos e do meio
ambiente para as gerações futuras. Assim, formas de degradação ao meio natural
como a poluição, as queimadas e o desmatamento estariam na lista dos principais
elementos causadores desse problema climático.
O desmatamento das áreas
naturais contribui para o aquecimento global no sentido de promover um
desequilíbrio climático decorrente da remoção da vegetação que tem como função
o controle das temperaturas e dos regimes de chuva. A floresta amazônica, por
exemplo, é uma grande fornecedora de umidade para a atmosfera, provendo um
maior controle das temperaturas e uma certa frequência de chuvas para boa parte
do continente sul-americano, conforme estudos relacionados com os chamados rios
voadores. Se considerarmos essa dinâmica em termos mundiais,
pode-se concluir que a remoção das florestas contribui para o aumento das
médias térmicas e para a redução dos índices de pluviosidade em vários lugares.
Outra
causa para as mudanças climáticas é a emissão dos chamados gases-estufa. Os principais elementos
são: o dióxido de carbono (CO2),
gerado em maior parte pela queima de combustíveis fósseis; o gás metano (CH4),
gerado na pecuária, na queima de combustíveis e da biomassa e também em aterros
sanitários; o óxido
nitroso (N2O), produzido pelas fábricas; além de gases com flúor, tais
como os fluorhidrocarbonos e os perfluorocarbonos.
Além disso, a poluição das águas também é um fator relacionado com
o aquecimento global. No caso dos oceanos, existem seres vivos responsáveis
pela absorção de gás carbônico e emissão de oxigênio: os fitoplânctons e as
algas marinhas. Portanto, a destruição de seus habitat também pode interferir
diretamente na dinâmica atmosférica global.
As consequências do aquecimento global
Os efeitos do aquecimento global são diversos e podem estar
relacionados com a atmosfera, hidrosfera e também com a biosfera.
Podemos
citar como consequência do aquecimento global, primeiramente, o fenômeno do degelo que vem ocorrendo nas calotas polares.
Com isso, a área de várias espécies animais, sobretudo no Ártico, está ficando
cada vez mais diminuta, o que acarreta problemas ambientais de ordem ecológica.
Além disso, para muitos estudiosos, isso vem causando a elevação do nível dos oceanos,
embora esse fenômeno esteja mais associado ao degelo que ocorre na Antártida e
também na Groenlândia.
Outro efeito ainda mais
latente é o aumento
das temperaturas, conforme já mencionado. Assim, muitas
espécies podem entrar em extinção, além de a disponibilidade de água em várias
partes do globo tornar-se cada vez menor em razão da maior ocorrência de secas
em períodos mais prolongados. Esse tipo de situação prejudica a oferta de
recursos naturais para os seres vivos e a manutenção da cadeia alimentar. Com o
aquecimento global, fenômenos cíclicos e anomalias climáticas vêm se tornando
cada vez mais frequentes, tais como o El
Niño, que, entre outras consequências, proporciona secas severas em muitas
regiões do globo.
De toda forma, ainda não existe um consenso específico sobre a
totalidade dos fenômenos causados pelo aquecimento global, que pode incluir
ainda a maior incidência de tufões e furacões ou a presença destes em áreas
onde não são comuns. Além disso, os desequilíbrios climáticos também estariam
provocando uma maior incidência de tempestades em certas áreas, que passam a
sofrer sobremaneira com esse tipo de problema.
Contestações ao aquecimento global
Como já salientamos no início do texto, não é consenso na
comunidade científica a ocorrência do aquecimento global e, nem mesmo, as suas
causas. Para muitos, o Aquecimento Global, que seria uma “farsa”, não se baseia
em fatos verdadeiramente científicos, causando certo alarmismo que não se
justifica. Em algumas posições, a existência do problema é até admitida, mas
não tomada como um efeito das razões antrópicas. Em outras perspectivas, não
estaria acontecendo um aquecimento da Terra, mas sim um resfriamento rumo a uma
glaciação.
Os
chamados “céticos
de clima” consideram que o gás carbônico não gera efeitos
conclusivos sobre o clima, principalmente no sentido de intensificar o efeito
estufa. Além disso, mesmo que esses efeitos climáticos ocorressem pelos
gases-estufa, eles seriam mínimos, pois os principais reguladores do clima em
ordem global são os raios solares e os oceanos.
As linhas de argumentação também se baseiam em contestações de
alguns dos elementos acima explicados, como a suposta elevação dos oceanos –
que teria se elevado menos do que se pensa e seria causada por outros fatores,
tais como a órbita terrestre e lunar – e também os dados fornecidos pelo IPCC,
que, segundo alguns autores, teriam um rigor científico questionável.
De toda forma, independentemente da existência ou não do
aquecimento global, é possível concluir que se deve preservar o meio ambiente
ao máximo, principalmente com a redução da poluição e do desmatamento, bem como
com a preservação dos recursos hídricos. Afinal, o clima não é o único afetado
pelas práticas predatórias geradas pelas atividades antrópicas, que podem
acarretar problemas de saúde, falta de água e recursos, entre outras
ocorrências.
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